sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Os Doutorzinhos



Quando eu era mais novo, achava que uma licenciatura ou doutoramento eram, sem sombra de dúvida, uma prova cabal de que estávamos perante um indivíduo inteligente, culto e munido de uma bagagem renascentista. Assim que entrei na faculdade essa teoria foi para o caralho!
  É impressionante o modo como estes “doutorzinhos” conseguem ser estúpidos como uma porta ondulada, quando a lógica ditaria que deveriam ser capazes de muito mais.

          Não parecem ser capazes de um processo racional linear

   Não só na minha interacção universitária, como na minha interacção profissional, é impressionante o modo como estas criaturas conseguem ser tão fracas de pensamento linear. Tentar acompanhar o seu raciocínio é o equivalente de soltar um gás e tentar pintá-lo de amarelo. Não se conseguem perceber o que querem, o que tencionam fazer, que raio de língua é que está a falar. Na loja, conseguem ser uma estirpe poderosa de idiotas, que nos fazem saltar de equipamento em equipamento, sem nexo e sentido.
 
 Não sabem absolutamente nada fora do seu campo de habilitações

 Não me refiro ao básico de um informático ou “especialista”, mas o básico para não se ser considerado clinicamente idiota (Q.I. 70 para quem perguntar). Em pleno século XXI não perceber que convém saber o modelo da impressora para comprar tinteiros...ou que não existem “cabos Bluetooth”? A maior parte dos animais universitários parece provar a minha teoria de que a frequência do ensino superior é uma hiperespecialização daquilo que o licenciado vai supostamente praticar o resto da vida…e nada mais. Não aprendem nem mais uma vírgula ou ponto para além daquilo que precisam para passar ou reprovar e mais grave ainda…não mostram nenhum desejo de aprender fora da caixa. E ficam todos contentes com o status e a condição.

                   São os especialistas da “pose suprema”

         Aquela atitude típica de quem se acha superior só porque é “doutor” e que presume que somos uns “falhados” que não fizemos nada com a vida? Alguns de nós até o podemos ser (falhados) mas…quem sabe? Houve quem chegasse a Primeiro-Ministro.
 Eu pessoalmente “adoro-os” quando eles começam a conversa com a menção de que são doutores, médicos ou advogados? Como se estivessem à espera de um curvar imediato de coluna e o oferecimento das virgens da loja (boa sorte com essa)? Não sei como é noutros países, mas por aqui há uma deferência total pelos “doutorzinhos”, fazemo-lo todos os dias e a todos os momentos…chega a ser ridículo. E esses “pavões”, armados com a nossa subserviência, acreditam piamente que têm um direito divino a um tratamento preferencial. É o gangue do canudo.

    

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