segunda-feira, 30 de julho de 2012

Manifesto à dignidade masculina


Parte 1

Sabem uma coisa? Tenho idade suficiente para me lembrar do momento em que comecei ouvir o mulherio a falar mal dos homens. Na verdade sempre ouvi falarem mal dos homens, a começar na minha própria casa, com as minhas tias, mãe e avó, mas foi mais na minha adolescência que as coisas começaram realmente a mudar. Começámos a ouvir as mulheres a falar abertamente da performance dos gajos na cama, dos seus hábitos de “cães de rua”, como eles eram isto e aquilo. Comecei a ouvir músicas acerca disso, filmes acerca disso, livros acerca disso…e mais importante, comecei a ver capas e capas de revistas femininas acerca do tema homem.
   Eu ainda me lembro das Marie-Claire da minha mãe com artigos do tipo:
“Dez pratos para agradar o seu homem”
“Como manter a sua relação excitante”
E o sempre clássico “Como encontrar o homem dos seus sonhos”
Já me soavam um pouco estranho, mas ok. Alguns anos depois e vemos:

“Como destruir o ego do porco do seu marido”
“Se ele não lhe dá orgasmos, tenha um caso”
“Todos os homens são uns porcos e deviam morrer”

    Ou seja, há cerca de 15 anos atrás começou em força a tendência de falar mal de homens a todo o momento, de criticar toda e qualquer atitude por parte deles, de apontar falhas nas relações, comportamentos, pancadas, etc. A bem da verdade, nós homens temos muita, muita culpa no cartório e isso, infelizmente, é um facto bem demonstrado e documentado. Fizemos e fazemos muita merda ao longo da nossa história de relações com o sexo oposto. Mas não fomos todos merdosos no passado e continuamos a não ser todos merdosos no presente. Mas o enxovalhamento continua.

Parte 2

  Eu sempre tive muitas amizades femininas e sempre tive a oportunidade de privar com a sua “psicologia” em toda a sua complexidade. Ouvi desabafos, ouvi tristezas, ouvi ansiedades e todas as coisas que nos definem como seres humanos. E ouvi falar muito mal de nós. E comecei a pensar…seremos assim tão maus?
  Comecei a ver as minhas costas nas costas dos outros…e isso começou a fazer mossa. Mais propriamente porque não me identificava com absolutamente nada daquilo de que era “acusado”. Nunca saltei o muro, nunca atraiçoei ninguém, sou carinhoso e preocupado (até demais) …dou espaço para o desenvolvimento emocional, profissional e pessoal da pessoa que é minha parceira. Sou um amante preocupado e paciente…e lembro me de todas as datas e eventos memoráveis. Em resumo, reconheço a honra de ter alguém que confia em mim o suficiente para me entregar o seu coração.
 E no entanto ninguém fala de mim…de nós…os homens correctos, os homens a sério. Ninguém faz artigos sobre nós sermos bons amigos, bons pais e parceiros. Ninguém fala de nós naqueles momentos em que pomos os nossos desejos para trás em função do bem-estar alheio. Ninguém fala da nossa fidelidade, quase canina por vezes.
  Não há filmes sobre mim, músicas, livros e revistas com capas a exultar o nosso sentido de honra e amor pelas nossas parceiras e parceiros. Tudo é um constante ataque ao meu género e ao que supostamente as pessoas acham que nós somos.
  É por isso que faço este post, para relembrar as pessoas (mulheres) que adoram postar no Facebook sobre homens mauzinhos, que nós também existimos. Estamos por aqui e não somos tão poucos quanto isso. Que não merecemos ser agrupados com esses outros que vos magoaram, que não merecemos ouvir queixas sobre os nossos supostos defeitos em maus actos. Não estamos extintos, somos os poucos e os orgulhosos…e está na altura de deixarmos de ser um dos melhores segredos de sempre.
  Em resumo, levantem os olhos e quem sabe se não nos vêem…o que me leva à parte seguinte.

Parte 3

Não há mulher que eu conheça que não tenha uma história manhosa, envolvendo um homem manhoso que fez, aconteceu e no geral foi um belo cabrão. As primeiras 50 que eu ouvi, fiquei cheio de pena e empatia pelo sofrimento que as meninas em questão passaram, até que…me apercebi que em muitas das histórias parecia haver um padrão. Havia cabrões e fdp’s nalgumas, mas sabem o que também havia em muitas delas? Mau-gosto meninas! Sejamos francos aqui, há relações encetadas com homens que “faz o favor”…tinham todos os sinais de um acidente de comboio prestes a acontecer. E no entanto, lá foram vocês todas contentes para o matadouro. E o inevitável aconteceu.
  Não estou de modo nenhum a dizer que foi merecido ou outra porra insensível, mas o facto é que está mais do que na altura de muitas mulheres começarem a aceitar a responsabilidade nas escolhas de merda que fazem. Dou um exemplo:
Trabalhei com um rapariga com idade para já ter juízo, que semana sim, semana não, me aparecia com uma história de mágoa e tristeza, envolvendo um pintas…que se mostrava ser um artista da treta e da patifaria. Largada e na semana seguinte lá estava ela com outro artista da treta e da patifaria, repete no mês seguinte “and so on and so on”. E ela queixava-se que os homens eram todos uns cabrões e pulhas…mas o gosto dela levava-a uma e outra vez para o mesmo, homens-criança com complexo de Adónis. Os homens já se sabiam maus, mas o gosto dela não poderia ser mais apurado e pouco propenso a desastres? Dei um exemplo, mas quantas pessoas não conhecemos que são assim? Vão atrás dos maus porque acham os que os bons são lerdos e desinteressantes? Just saying…

2 comentários:

  1. Não! Qual quê? Homem XXXXXCITANTE é que é!

    Mulher em geral gosta do gajo pintas que anda no ginásio e conduz o belo do Cupra, que a deixa em fogo porque a relação é XXXXXCITANTE e ela sente o perigo que ele vá atrás das outras capivaras.

    O tímido, gorduchinho que se calhar a trataria como uma Imperatriz Egípcia? Ah não, não excita... (sim, meninas... passei por essa) Mulher que afirma que não há homens de jeito, devia de deixar de andar atrás de meninos... ou então deixem de se queixar.

    Let the flame wars begin >:P

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  2. Acho que ninguém lê esta porra mesmo ehehe...estás a ver Gon? Posso dizer o que quiser que ninguém diz um caralho ehehe

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