quarta-feira, 24 de junho de 2015

Junho - mês da história negra - estória 7

Junho – Mês da História Negra - História 7

“O Negro Embaraço” (Ou como ficamos de cara vermelha perante acontecimentos perpetrados por gente negra)

1 - Colega minha apareceu na loja com três horas de atraso e os braços cheios de escoriações. Ao que parecia havia sido assaltada por esticão e ao resistir foi “presenteada” com o arrastar do corpo dela por uns bons metros pelos ladrões.
Revoltada, zangada…ela esteve meia hora a desejar a morte àqueles “pretos filhos da puta. Deviam todos ser mortos. Raça inútil que só serve para roubar e violar”

Ah…e ela disse estas coisas todas a mim…o seu melhor “amigo” dentro daquela loja. Hum...

2 – Eu e a minha namorada estávamos no cinema a curtir um filme de terror de qualidade discutível…mas por mais que tentássemos entrar no “ambiente” da cenaça…os nossos esforços eram gorados pelas vozes conversadoras de um grupo de raparigas nas últimas filas do cinema.
Entre comentários parvos à parvoíce que se estava a passar no ecrã, conversas paralelas sobre Facebook, conversas telefónicas em crioulo e em tempo real…a nossa paciência e a paciência dos restantes cinéfilos exauria-se rapidamente.
   Um tipo entrou num bate-boca com as meninas rudes, elas responderam e ameaçaram. Vieram empregados do cinema, nada parecia resolver a situação. Então, provavelmente por cansaço delas, as meninas negras (5 ou 6) lá desceram as escadarias, em brutal risota e chacota…não sem mais um momento de indignidade, ao saltar em frente do ecrã e a fazer sombras.

3 – Eu havia apanhado o “famigerado” autocarro 50 (agora famigerado 750) depois de sair do trabalho…por isso deviam ser umas onze e meia, quase meia-noite. E lá vínhamos nós, pobres massas laborais e desgraçadas, quando entram pelo autocarro a dentro uns 12 tipos, cada um com mais ar de “aprontamento” do que o outro (pensei eu).
   Ora dito e feito…estávamos perante um arrastão. Fios de ouro voaram, carteiras voaram, relógios, telemóveis e outros bens. Gritos, empurrões, socos e pontapés…e eu ali no meio da confusão sem saber muito bem o que esta confusão toda me reservava.
    Fiz o cálculo mental de 12 contra um, pensei no quanto eu adorava o meu Minidisc e o meu telemóvel, pensei no embaraço de ter de entregar o que é nosso sem luta e eis que, para minha surpresa,  um dos ladrões eram um conhecido meu dos jogos de basket do Parque Central. Sentou-se ao meu lado durante a brutal confusão, perguntou pela minha mãe e avó, perguntou-me se ainda ia lá jogar e assim estivemos na “brutal” cavaqueira enquanto uns e outros eram aliviados dos seus bens. Despediu-se de mim, saiu com os “camaradas” e eu fiquei incólume…pelo menos durante uns 5 minutos e até alguém ter dito:

“Aquele preto ali é amigo daqueles cabrões filhos da puta. Eu vi-o a falar com o cabecilha”

E lá saí eu na paragem seguinte.

4 -Putos negros (média de 15 anos) foram detidos, postos contra a parede e um deles até levou com um taser quando peitou o polícia. E assim acabou a história…pelo menos até ao dia seguinte, quando TODAS as janelas dos estabelecimentos comerciais de um dos lados da rua, acordaram estilhaçadas e partidas.

Tivemos uma ou duas invasões do supermercado local por bandos de putos negros e consequente arrastão.

Tivemos três tentativas de homicídio em dois meses, num ciclo de acção-reacção  por parte dos miúdos negros da minha zona.

Tivemos um homicídio em que um puto de 15 anos tentou assaltar um tipo qualquer á 1 am e levou um tiro na cara.

O “porreiro” é que depois destes fenómenos…as coisas ficam calmas durante uns meses…e aí só temos de lidar com os nossos vizinhos brancos malucos a matarem as esposas e as despejarem no contentor do lixo. Os doidos que atiram gasolina para poços de elevador. Os que atropelam o suposto amante da esposa e ainda fazem marcha atrás.

Tudo calmo.


5 - Uma das piores sensações de trabalhar numa grande superfície (pelo menos para mim), era o momento em que a segurança detectava um grupo de putos negros a entrar em loja. Nome de código "ANDORINHAS", os vigilantes activavam um disposto de segurança digno da Casa Branca e por toda a loja só se ouviam os walkie-talkies a fazerem ruído e a despejarem jargão Sharon.

A mim irritava-me como tudo, porque não acontecia absolutamente nada daquilo quando entravam mais dos que 4 miúdos brancos em loja. E lá ficava eu todo revoltado e a espumar da boca contra este comportamento preconceituoso...

  e merda, de vez em quando lá apanhavam os putos a roubarem auscultadores, pilhas, leitores de mp4 e outras merdinhas. E eu lá ficava de "cara vermelha", especialmente quando os vigilantes contavam os detalhes à hora do jantar e os colegas entravam todos num momento de "Pretos são todos ladrões, eu também tenho uma história com eles...mas tu não não és assim Edu...deviam ser todos presos, mas tu és porreiro...e são eles os culpados de todo o crime".

Como podem imaginar, uma refeição excelente.

E sim...negros sentem embaraço e revolta com coisas maradas feitas por outros negros. Obrigado.